Fisioterapeutas: Como lidar financeiramente em suas clínicas e consultórios com o Coronavírus.

Os tempos difíceis demonstram a nossa capacidade de lidar com as situações adversas, o lembrete principal neste momento é: tenha calma, isso vai passar.

Os tempos difíceis demonstram a nossa capacidade de lidar com as situações adversas, o lembrete principal neste momento é: tenha calma, isso vai passar.

Fisioterapeutas possuem uma características liberal na sua atuação profissional, além dos empreendedores nas clínicas e consultórios. Por isso, a tomada de decisão baseada na análise de informações é imprescindível para não sofrer demasiadamente com a pandemia do coronavírus.

Abaixo vão as dicas em como os fisioterapeutas devem lidar financeiramente em suas clínicas e consultórios com o Coronavírus

Avalie o cenário!

O primeiro ponto é analisar a situação e ter clareza do cenário que irá enfrentar. Para isso, faça as seguintes análises no papel:

Quanto é o custo fixo mensal?

Quanto é a reserva/capital de giro existente?

Com essa reserva, quanto tempo consigo manter meus custos pagos?

Qual é o fluxo de caixa (entradas e saídas)?

Essas questão são básicas para analisar a situação, baseada no mínimo de dados, antes da tomada de decisão.

Caso a sua reserva/capital de giro for positivo perante os seus custos fixos as suas chances de passar pelo período de crise são altas. O ideal é preparar o seu negócio para enfrentar a crise de isolamento por pelo menos 1 mês.

Agora, caso não exista uma reserva ou ela seja menor que os custos que estão por vir, será necessário tomar algumas providências com relação aos compromissos financeiros.

Evite ao máximo empréstimos bancários ou cheque especial;

Muitos gestores ao se depararem com uma crise financeira, recorrem aos bancos e instituições financeiras para solicitar crédito. O empréstimo ou cheque especial devem ser a última alternativa do gestor, pois o seu custo é enorme e consequentemente sobrecarregará o caixa da empresa no futuro.

Caso esteja em processo de expansão, suspenda temporariamente as obras;

Definitivamente a prioridade não é a expansão, os indicadores de desempenho financeiro globais estão em queda livre. O momento é de reconhecer o problema e garantir a passagem pela crise econômica decorrente da pandemia.

Renegocie dívidas antes do vencimento;

Todo gestor possui dívidas, com fornecedores, aluguel, bancos, prestadores de serviços, etc. O momento é de renegociação da dívida em prazo hábil, de pelo menos 15 dias (sendo o ideal chegar a 30). Com relação ao aluguel, seria até mais ousado solicitar um abatimento de parte do valor (50%) com a imobiliária, tendo em vista o risco da inadimplência. Lembre-se que o NÃO já existe, a negociação cria possibilidades.

Liste suas contas e priorize o que é imprescindível pagar;

Se ao analisar o seu fluxo de caixa e sua reserva e mesmo após negociar prazo hábil para pagamento não for possível cumprir seus compromissos financeiros, o momento é de entender quais são as contas prioritárias para o negócio e quais geram menos custos decorrente do seu atraso.

Por exemplo, faturas de cartão de crédito e cheque especial (se for o caso) são compromissos que se atrasarem, além dos juros altíssimos, corre-se o risco do “nome” do negócio ou do proprietário ser negativado no SPC/SERASA. Logo, é importante classificar os seus compromissos/contas baseadas nos seguintes aspectos:

  • Contas com juros altos (não apenas proporcionalidade, mas também valor) devem ser pagas com prioridade;
  • Contas com risco de negativação no SERASA/SPC devem ser pagas com prioridade;

Após a crise, analise os danos causados;

A boa notícia é que, toda crise, passa. O importante é entender que é fundamental criar um cenário de segurança financeira para o negócio, independendo do tamanho que ele seja, desde o fisioterapeuta que atende na área domiciliar até o gestor de diversas clínicas.

Somente o planejamento pode combater o imprevisto.

Raphael Ferris é fisioterapeuta, consultor e fundador do Negócio Fisioterapia

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