Como os indicadores na Fisioterapia podem fazer seu atendimento valer mais.

Eu sempre me questionei sobre aquela frase: "Fisioterapia não funciona". Dita por pacientes que, em muitas vezes, não conseguem reconhecer os avanços de um tratamento que precisa de tempo e existe muita subjetividade na melhora clínica.

Eu sempre me questionei sobre aquela frase: “Fisioterapia não funciona”. Dita por pacientes que, em muitas vezes, não conseguem reconhecer os avanços de um tratamento que precisa de tempo e existe muita subjetividade na melhora clínica.

Ao questionar os motivos da desvalorização da intervenção fisioterapêutica (aqui quero excluir as intervenções ruins), penso efetivamente na falha que nós, fisioterapeutas, cometemos ao não demonstrarmos as evoluções diárias dos nossos pacientes.

Imagine um paciente que inicia o tratamento com um quadro álgico mensurado em EVA 8, após o primeiro atendimento este paciente relata melhora e seu EVA cai para 6. Isso pode ser caracterizado como um indicador e haverá uma leitura diferenciada do tratamento por parte do paciente, pois existe um parâmetro para avaliar o seu desempenho.

A organização de indicadores de desempenho não pode ser exclusiva da gestão do negócio/clínica/consultório, mas também deve se relacionar ao tratamento de cada paciente, pois é fundamental que tanto o terapeuta quanto o paciente entendam que existem parâmetros/indicadores que avaliam a evolução, tornando palpável o objetivo do tratamento.

Os indicadores de desempenho, bem elaborados, podem ser grandes aliados para agregar valor no seu trabalho.

Quais os principais indicadores que utilizamos em nossas consultorias para fisioterapeutas?

  • EVA – Escala Visual Analógica: O controle da dor, mesmo que subjetiva, é importante para controlar a evolução do tratamento e demonstrar para o paciente que existe melhora durante a intervenção fisioterapêutica;
  • ADM – Amplitude de Movimento: A evolução biomecânica da amplitude de movimento torna pragmática a melhora, porém, é imprescindível fazer comparativos (com os pacientes) da evolução;
  • Testes Funcionais e Especiais: Os testes fazem parte do processo de reavaliação do paciente e também podem ser utilizados como recurso indicador de melhoria;
  • Palpação: A palpação, além de ser fundamental para a avaliação fisioterapêutica pode ser considerado um indicador de melhoria;

É importante ressaltar que todos os indicadores devem seguir os preceitos éticos do fisioterapeuta.

Implementar indicadores requer-se aprofundar nos seus atendimentos, na gestão do tratamento de seus pacientes e a disciplina de seguir os dados implementados. Assim é possível apresentar ao paciente relatórios de melhorias vinculados ao seu prontuário.

Raphael Ferris é fisioterapeuta e fundador do negócio fisioterapia.

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